O programa desta semana dá sequência à série especial de entrevistas com o maestro Silvio Barbato. Nesta edição, Barbato fala sobre a postura do maestro, sobre a democratização do acesso à música e sua subsistência nos dias atuais, sobre o mercado de trabalho para o músico erudito e fala, também, sobre suas óperas. A entrevista de Sívio Barbato foi concedida a Ana Lucia Andrade pouco antes de ele falecer, em junho de 2009, vítima de acidente aéreo.

 

Segunda parte da entrevista com o Maestro Silvio Barbato
 

Nascido em 1959 no Rio de Janeiro, Silvio Sergio Bonaccorsi Barbato, estudou composição e regência com Cláudio Santoro e aos 25 anos regeu sua primeira ópera, a Tosca de Puccini, no Teatro Municipal do Rio. Foi o segundo brasileiro a ser homenageado pelo conservatório Giuseppe Verdi, da Itália, com uma medalha de ouro em Alta Composição na classe de Azio Corghi. Ainda trabalhou com importantes regentes e tornou-se doutor em filosofia da música pela Universidade de Chicago.

Em 2001, ganhou o Prêmio Cinema Brasil pela atuação como diretor musical do filme Villa Lobos – Uma vida de paixão. No ano seguinte recebe a medalha da Ordem do mérito Cultural da Presidência da República.

 



Sílvio Barbato foi Diretor Musical e Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de 1989 a 1992 e de 1999 e 2006. Atuou como regente titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foi diretor artístico do Teatro Nacional de Brasília e diretor musical na sala Palestrina em Roma.

No período que antecedeu seu falecimento estreou duas óperas, O Cientista e Chagas, a primeira baseada na vida de Oswaldo Cruz e a segunda na vida de Carlos Chagas Filho. Iniciou ainda a composição de uma ópera que restou por inacabada, inspirada na vida de Simon Bolivar.

 

Em 1º de junho de 2009 quando se dirigia para uma palestra na Ucrânia, na qual falaria sobre música russa e brasileira, foi a óbito após com a queda do voo 447 da Air France.

 


A irmã do maestro Sílvio Barbato, Silviane Barbato, é consolada pela mãe, Rosalba Barbato, em missa em Brasília (Foto: Beto Barata/Agência Estado)



Silvio Barbato trouxe novo público para a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro ao contrariar as exigências de glamour e etiqueta para concertos e popularizá-los levando-os as ruas (shoppings, parques, escolas).

Muitos eram os planos futuros do maestro e compositor de 50 anos, apesar de deixá-los inconclusos o legado de sua carreira de 25 anos ressoa até hoje nas antigas e novas gerações.



REFERÊNCIAS


http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/PAUTA-MUSICAL/383812--SEGUNDA-PARTE-DA-ENTREVISTA-COM-O-MAESTRO-SILVIO-BARBATO--BLOCO-4--(1416).html

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2009/06/28/interna_cidadesdf,122216/concerto-na-torre-de-tv-lembra-o-maestro-silvio-barbato.shtml

http://memoria.ebc.com.br/radioagencianacional/materia/2011-06-01/h%C3%A1-dois-anos-morreu-o-maestro-silvio-barbato

http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2016-05/historia-hoje-maestro-silvio-barbato-elevou-o-brasil-no-cenario-da-musica