Artistas completas, capazes de iluminar a ribalta, capturar a emoção e arrebatar a plateia. Anne-Sophie Mutter, Jacqueline du Pré, Martha Argerich e Maria Callas! Glamour, sofisticação e espetáculo na passagem do Dia Internacional da Mulher.

 

Jacqueline du Pré, uma jovem apaixonada

 



Jacqueline Marie du Pré era tão encantadora e talentosa como toda heroína dos romances, e teve uma história tão trágica como poucos deles conseguiram reproduzir. Essa brilhante violoncelista deixou o cenário musical muito cedo, devido a esclerose múltipla que descobriu aos 26 anos, mas foi tempo o suficiente para deixar uma marca que jamais desapareceria. O seu casamento com Daniel é uma história a parte, ela conheceu o pianista e maestro Daniel Barenboim no dia de Ano Novo de 1966. Logo após o término da Guerra dos Seis Dias, ela cancelou todas as suas apresentações, e eles voaram para Jerusalém. Ela converteu-se ao judaísmo, e eles casaram-se no dia 15 de junho de 1967, no Muro das Lamentações. Essa união rendeu não apenas uma das mais lendárias histórias de amor dos bastidores da música, como também uma das mais frutíferas relações na música.

Vídeo do casal em um ensaio:



Depois de já afastada dos palcos, e mais tarde na cadeira de rodas, devido a perca do movimento nas pernas, seu marido, Daniel, iniciou uma relação amorosa com a pianista russa Elena Bashkirova, com quem viria a ter dois filhos, ambos nascidos em Paris: David Arthur (1983) e Michael Barenboim (1985), isso no início da década de 80. Ele tentou ocultar esse romance de Jacqueline e acredita ter conseguido. Jacqueline du Pré morreu em Londres, no dia 19 de outubro de 1987, aos quarenta e dois anos. Em 1988, ele e Bashkirova se casaram.




Após sua morte, A Fundação Vuitton leiloou seu Stradivarius Davidov por um milhão de libras, sendo arrematado pelo também violoncelista Yo-Yo Ma. A violoncelista russa Nina Kotova é a atual dona de seu Stradivarius (1673) e o cello Peresson, de 1970, foi emprestado por Daniel Barenboim ao violoncelista K yril Zlotnikov, do Jerusalem Quartet. Jacqueline continua sendo inspiração para jovens violoncelistas ao redor mundo não apenas pela técnica e precisão, mas também pela alegria, intensidade e encantamento com os quais tocava.