Ennio Morricone
Um grande mestre das trilhas sonoras neste episódio da Série Pauta Musical – Especial Cinema. Um pequeno vislumbre na vida do compositor Ennio. Com participação em mais de 500 filmes, Morricone se consagrou como o criador do universo sonoro do cinema faroeste. Porém os seus sucessos não se restringem a apenas um gênero e as composições de Ennio Morricone permeiam todo o universo de trilha sonora da sétima arte.
Playlist da Edição:
The Good, the Bad and the Ugly (Main Title)
The Good, the Bad and the Ugly: Original Motion Picture Soundtrack
Ennio Morricone (compositor)
The Ecstasy of Gold
The Good, the Bad and the Ugly: Original Motion Picture Soundtrack
Ennio Morricone (compositor)
Here’s to You
Sacco & Vanzetti: An Original Soundtrack Recording
Ennio Morricone (compositor)
Joan Baez (intérprete)
Gabriel’s Oboe
The Mission: Original Soundtrack from the Motion Picture
Ennio Morricone (compositor)
London Philharmonic Orchestra
Cinema Paradiso
Cinema Paradiso: Original Soundtrack Recording
Ennio Morricone (compositor)
Orquestra Unione Musicisti Di Roma
Malena
Malena: Music from The Miramax Motion Picture
Ennio Morricone (compositor)
Excertos do Roteiro:
No decorrer da história do cinema muitas composições musicais se destacam, mas apenas um seleto rol alcança o nível de destaque como as composições de Ennio Morricone. Composições que moldaram o universo sonoro não só do cinema faroeste, mas de toda a sétima arte.
Um dos maiores compositores italianos de música de cinema, Ennio Morricone, nasceu em Roma em 1928. Ainda pequeno, começou a estudar trompete e logo estava na famosa Academia de Música Santa Cecilia estudando composição.
Morricone tomou-se conhecido no mundo todo por sua criativa linguagem musical presente nos faroestes italianos dirigidos por Sergio Leone para a trilogia que foi chamada de Trilogia dos Dólares, estrelada por Clint Eastwood. Três Homens em Conflito, o último filme que compõe a trilogia, tem uma das músicas mais marcantes da história do cinema e tomou-se um sucesso da música popular. Morricone realmente inovou ao usar nessas trilhas elementos até então totalmente não usais ao gênero como gritos, assobios e guitarras. Suas pontuações bem-humoradas e sincronizadas com ações das personagens deram ao estilo faroeste um novo sentido.
Morricone é um dos compositores de trilhas sonoras mais prolíficos da história tendo composto para mais de 500 filmes. Sua história no cinema europeu rendeu-lhe dezenas de sucessos que cativaram os mais fanáticos fãs de trilhas sonoras, como a marcha militar de A Batalha de Argel, os temas de Sacco e Vanzetti que contam com a participação da cantora Joan Baez. Em 1978, Morricone criou a trilha de Cinzas no Paraiso do diretor Terrence Malick, trilha bastante inspiradora que lhe rendeu uma indicação Oscar. Em Era Uma Vez no Oeste as marcantes gaitas e suas guitarras típicas ajudaram a consagrar o seu estilo vulgarmente chamado de spaghetti western ou “bang-bang a italiana”. Seus belíssimos temas com tempero italiano contribuíram para que este filme fosse considerado a obra maior do diretor Sergio Leone.
Outro trabalho memorável de Morricone e sua segunda trilha indicada ao Oscar foi a composição para o filme A Missão, estrelado por Robert De Niro, cujo tema principal para orquestra e coro é uma bela peça sinfônica de estilo peculiar e foi referência para várias outras trilhas. A utilização inteligente do contraste entre a música e a terrível cena final de A Missão merecem destaque. A música conduz o estado emocional do espectador ao presenciar tal cena de uma maneira não convencional. Não entra na batalha ao parecer levar o espectador a um estado de incredulidade e reflexão, engrandecendo a forca emocional da cena.
Com o filme Cinema Paradiso, foi marcado o início da bem-sucedida parceria entre o diretor Giuseppe Tomatore e Ennio Morricone. Além de Busca Frenética, do diretor Roman Polanski e Pecados de Guerra do diretor Brian De Palma, Morricone ganhou sua quarta indicação ao Oscar pela trilha de mais um filme de gángsteres, Bugsy do diretor Barry Levinson.
Morricone recebeu sua quinta indicação ao Oscar pela trilha de Malena, nos anos 2000, marcando a feliz continuidade de sua parceria com o diretor Giuseppe Tomatore. Em 2007, após 40 anos de carreira, com várias indicações ao Oscar, mas sem nenhuma estatueta, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas resolveu render-se à importância do maestro e concedeu-lhe um prêmio honorário pelo conjunto de sua obra e colaboração inestimável ao cinema.
Em 2016 que a trilha sonora de Ennio Morricone se encontra com o cinema contemporâneo de Quentin Tarantino em Os Oito Odiados. Filme que traz as características de um cinema bang-bang a italiana, a presença das composições de Morricone se faz essencial para criar toda atmosfera marcante do gênero em sua variação. A parceria entre Tarantino e Morricone rendeu a sexta indicação ao Oscar para o compositor que desta vez não deixou passar e aos 87 anos subiu a palco para receber a estatueta. Desde o início de sua carreira, Morricone sempre fez questão de arranjar e orquestrar suas próprias composições, dispensando a parceria de orquestradores. Em seus eventos, palestras e concertos, ele próprio carrega cuidadosamente consigo as partituras das peças que executa. Por sua valiosa е vasta obra musical para o cinema, Ennio Morricone já tem o seu lugar garantido no seleto time de grandes mestres da trilha sonora.
Série Pauta Musical – Especial Cinema: Um Passeio pela Magia da Música que Encanta e Completa o Universo Sonoro Cinematográfico. Uma realização da MUSICABILE em parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília no Projeto de Extensão Produção Radiofônica Educativa e Conexões Culturais. Este projeto recebe o incentivo do Fundo Nacional de Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Apresentação: Ana Lucia Andrade;
Pesquisa, Roteiro e Edição: Jusef Felipe e Rodrigo Teodoro;
Direção: Elton Bruno Pinheiro;
Apoio: Laboratório de Áudio da Faculdade de Comunicação da UnB.
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#PraCegoVer
[Imagem colorida, retangular. Imagem colorida. Imagem recente do compositor Ennio Morricone conduzindo uma orquestra. Morricone está de perfil virando para direita, segura com a mão direita a batuta e a mão esquerda está apoiada sobre uma partitura. Ennio Morricone é um homem branco idoso, tem cabelos grisalhos apenas na lateral da cabeça, usa óculos de armação bem marcante, um terno preto com uma camisa preta. Todo o fundo está escuro, a única coisa iluminada é o compositor. No lado superior esquerdo da imagem está a logo do programa Pauta Musical, Série Especial, Projeto de Extensão Produção Radiofônica Educativa e Conexões Culturais. Na parte inferior da imagem, ao centro, há uma caixa de texto azul onde está escrito em letras brancas ENNIO MORRICONE. Abaixo da caixa de texto há uma faixa branca contendo as seguintes indicações: realização: logo da UnB, logo do LabAudio, logo da Musicabile; fomento: logo no Fundo Nacional da Cultura, logo do Governo Federal.]