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Ficha Técnica

 

Reportagem: Laura Quariguazy

Orientação: Prof. Elton Bruno Pinheiro

Técnicos em Áudio: André Luiz e Glauber Oliveira

 

A venda em sistemas alternativos é mais do que um ganho econômico. Cria uma consciência social, de coletividade, e de amor à natureza. Os produtores e agroextrativistas envolvidos com esse tipo de trabalho também demonstram um pensamento mais desenvolvido com relação à educação ambiental e respeito à natureza. Até porque, em sua totalidade, são comercializados produtos orgânicos e agroecológicos. Para o agricultor, os ganhos pessoais são muitos. Começa pelo financeiro. E segue para o intelectual, a qualidade de vida… Quem trabalha com sistemas de economia colaborativa vê o mundo de outra forma.

 

Neste último episódio desta série, abordamos o potencial econômico desses modelos de comercialização dos frutos, e quais os desafios e limites o mercado em Brasília apresenta.

 

Flávio do Carmo, agricultor, colhendo um fruto do Cerrado chamado de “brinco de menina”

 

No caso da CSA, a ideia de “ir contra o sistema” ganhou um reforço deveras curioso durante a greve dos caminhoneiros ocorrida em maio de 2018. O episódio parou o país. Foram 11 dias de estradas fechadas, ocasionando falta de combustíveis, desabastecimento e caos. Não para quem participa de uma Comunidade que Sustenta a Agricultura. Flávio do Carmo, agricultor da CSA Gaspar Martins, e assentado do MST, conta com orgulho como se sente parte de uma revolução ao trabalhar dessa forma.

 

“Por exemplo quando teve a greve dos caminhoneiros a galera veio aqui colheu e chegou de boa. E a menina até deu o exemplo da vizinha dela que tava doida porque não conseguia nada. Então a gente burla o sistema. Igual água né. Vai desviando de tudo, dos obstáculos. E aí o CSA é um instrumento maravilhoso para você construir reforma agrária popular né, que é a união do campo com a cidade. Porque a discussão agora não é mais contra o latifundiário de outrora, né, agora o jogo é duro né, é a Monsanto, muito veneno no planeta.”

 

 

Como participar de forma ativa

 

Participar de iniciativas relacionadas aos frutos do Cerrado e à economia colaborativa é uma realidade possível dentro e fora do ambiente acadêmico. Na Universidade, há diversas alternativas para o envolvimento de alunos.

 

Páginas iniciais das quatro iniciativas citadas abaixo

 

O projeto integrador do curso de turismo Embarque na Cozinha, coordenado pela professora Tainá Zaneti, traz em seu site uma aba totalmente dedicada ao Cerrado. No espaço, são postadas receitas em vídeo, transmitidas pela UnB TV. Há pão de queijo de pequi, shake de jatobá, entre outros. Para saber mais: https://www.embarquenacozinhabsb.com/receitas

 

O UnB Cerrado é um centro multidisciplinar vinculado à Universidade de Brasília e situado em Alto Paraíso de Goiás (GO) que reúne mais de dez iniciativas relacionadas à saúde do bioma. É possível participar de atividades e projetos de extensão. Há trabalhos voltados para o desenvolvimento sustentável, para o audiovisual no Cerrado, para o estudo da fauna, das águas… Para saber mais: http://www.unbcerrado.unb.br

 

Também é possível se filiar ao movimento Slow Food Cerrado. Para isso, não é necessário ser acadêmico, ou estudioso da área. O valor anual é de R$ 25 para jovens, estudantes e pessoas de baixa renda; e R$ 50 para o resto do público. Cabe ressaltar que alguns dos convívios do Slow Food são abertos para não associados, para que as pessoas possam conhecer mais de perto a iniciativa. As assinaturas dão, além do incentivo financeiro aos projetos da organização, direito à participar de diversos eventos que promovem a biodiversidade. Para saber mais: https://www.slowfoodbrasil.com/associe-se.

 

Brasília possui mais de 20 Comunidades que Sustentam a Agricultura. Para participar, basta procurar o ponto de convivência mais próximo e entrar em contato com o agricultor responsável pelo ponto. A tabela completa com os contatos está disponível no site da CSA Brasília. Para saber mais: https://csabrasilia.wordpress.com/participe/  

 

 

Ao longo desta série de reportagens, abordamos como as Comunidades Que Sustentam a Agricultura o Cooperativismo têm garantido novas formas de escoamento para os frutos do Cerrado no DF. Também exemplificamos propriedades nutricionais desses frutos e as diferenças entre o comércio tradicional e a economia colaborativa: um modelo que implica em mudanças de cultura de consumo e aumenta a distribuição de renda.

 

 

Acessibilidade:
Leia o roteiro do episódio 5